Quando falamos em crédito consignado, qual a primeira coisa que vem à sua mente? Até meados de 2017, o termo “crédito” significava “bola de neve”. Entretanto, em abril deste mesmo ano, uma regra que afastava os juros do rotativo foi instalada. 

Assim, passou a valer que, em 30 dias, ou o cliente faz o pagamento de toda sua fatura com esses juros ou acontece a transferência de outra linha de crédito do banco com juros menores. Ou seja, tornou-se impossível rolar a dívida com os juros do rotativo por vários meses.

A mudança aconteceu?

O fato é que quase quatro anos se passaram e ainda não tivemos a resolução total deste problema. Isso porque os consumidores têm como costume optar pelo parcelamento por cartão de crédito, que também apresenta altos juros. 

Mesmo no atípico ano de 2020, a taxa desse processo ficou com uma média de 151,6% ao ano. Essa taxa anual chegou a 188,94% em março, mas foi caindo junto da pandemia. Em dezembro, bateu o mínimo de 148,89% ao ano.

Cada vez mais brasileiros se encontram na situação de inadimplência e, mesmo com o caos econômico do ano passado, a baixa foi a queda em relação ao volume de crédito. Em 2018, esse volume era de R$46,9 bilhões. Já em 2019, passou para R$58,5 bilhões. Em 2020, acompanhamos uma leve queda, porém, ainda foram concedidos R$54 bilhões em parcelamento por cartão de crédito no último ano.

Mas como fugir dessas taxas tão altas de crédito? Uma das alternativas é partir para o crédito consignado. Este costuma garantir taxas de juros menores e vantagens bem atrativas ao solicitante.

Entenda o crédito consignado

O Santa Ajuda, financeira especializada em crédito consignado, explica que a porcentagem das taxas de juros cobradas se baseiam no risco corrido pelo credor. O cheque especial, por exemplo, conta com altas taxas de juros, pois, além de não ter garantia, é um crédito para a pessoa física. Ou seja, em caso de inadimplência, é extremamente difícil recuperar o dinheiro emprestado.

Entretanto, o crédito consignado trabalha com uma garantia. Ou seja, o desconto das parcelas é feito direto na folha de pagamentos do funcionário. Portanto, a certeza do recebimento de salário para a instituição financeira fornece segurança e baixa as taxas de juros cobradas no empréstimo.

O consignado pode ser contraído por funcionários públicos ou privados no regime CLT, bem como aposentados e pensionistas do INSS. Entretanto, vale falar que nem todos os trabalhadores privados têm acesso. Isso porque o crédito consignado está disponível apenas para aqueles em que a empresa tem um convênio firmado com um banco para oferecer esse tipo de crédito. 

Além disso, em relação a parcela, o limite é limitado a 30% da renda líquida do credor. Outros 5% são destinados a limite para cartão de crédito. O Senado aprovou no início deste ano uma medida provisória que amplia a margem de 35% para 40% em relação a empréstimos consignados de servidores públicos ativos e inativos, militares e aposentados e pensionistas do INSS.

Os prazos de pagamento podem variar considerando a renda, bem como a idade de quem pede o empréstimo. O Santa Ajuda afirma que este prazo pode chegar a até 96 meses. O crédito consignado é uma das melhores opções do mercado atualmente e costuma ser muito usado para trocar dívidas que apresentam juros mais altos.

Enfim, optar pela melhor opção para você e seu bolso é a melhor forma de garantir sucesso nas suas finanças e realizar sonhos. Portanto, abrir mão de créditos com altos juros e apostar no crédito consignado pode fazer toda a diferença.